Marcha Lenta pelo serviço nacional de saúde
N125 sábado dia 18 de março 15 horas rotunda grande de Alcantarilha
A falta de respeito pelos que estão debilitados por doença, só pode ser considerado um crime, tanto mais grave se ele é cometido por profissionais, sejam eles diretores de serviço, chefes de gabinete, pessoal administrativo, médicos, enfermeiros, etc, etc... Um lugar de responsabilidade, seja onde for, não pode ser ocupado por influência de amizades, militância em grupos sociais, ou por simples prestigio, nem sempre justificado, mas por aqueles que mostram competência e respeito pelo cargo, pela sociedade, pelas leis e sobretudo pelas pessoas. Cumprir estes requisitos é um exemplo que deve ser dado por todos os responsáveis pelo bom andamento das instituições.
Quando debilitados pela doença, nos dirigimos ao Centro de Saúde é para dizer o que sentimos e ouvir alguém que tenha por missão dizer-nos qual pode ser o mal de que padecemos, e para isso não nos devemos preparar para travar uma batalha mas para sair de lá com a esperança de um remédio e nem nos passa pela ideia, nem a nós nem a ninguém, minimamente formado, ouvir que só podemos ter consulta daí por dias, semanas ou mesmo meses, nem para nos dizerem que não é possível fazer o necessário por o Centro não estar equipado para acudir a serviços por mais urgentes que sejam por falta de equipamento necessário. Ou simplesmente, por decisão administrativa, não ser permitido prestar os socorros necessários, ou que nos digam não haver médicos quando sabemos que há médicos sem trabalho sobretudo na nossa região.
Não é o primeiro ano que esta situação acontece. Que não é normal mas provocada é mais que evidente uma vez que se repete todos os anos.
Que devemos concluir? Que o SRS trabalha contra os utentes desta região? Parece-nos possível. Mas com que objetivo? Porque é evidente que há um objetivo. A não ser que tal proceder seja ditado pela arrogância, pela vaidade ou pela incompetência. Em qualquer dos casos os cargos parecem-nos ocupados por quem não os deve ocupar.
Que devemos fazer? Esperar sem lutar? Isso é contrário a todo o bom senso, porque só pela luta podemos fazer ouvir as nossas razões. Devemos trabalhar, para que haja médicos nos Centros de Saúde e estejam equipados para acudir às necessidades dos utentes.
Lutar pelo bom andamento das instituições que foram criadas para nós, é o mais elementar dever a ser respeitado para connosco, para com os nossos familiares, para com a sociedade em que vivemos e pelos nossos descendentes. A LUTA QUE APOIA A RAZÃO, MAS A LUTA CONSTANTE É O ÚNICO CAMINHO.
Comissão de Utentes